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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Soluções viáveis para a melhoria da qualidade de vida do paulistano

O uso racional dos recursos naturais pelo ser humano talvez seja hoje uma das questões mais importantes. Entendendo-se que o próprio ser humano é um dos maiores e mais valiosos recursos da natureza e sabendo-se que as áreas urbanizadas são, em todo o mundo, os locais onde se desenvolve o modo de vida da grande maioria dos seres humanos neste século, pode-se dizer que a urbanização do espaço deve ser feita com manejo apropriado dos recursos existentes, de modo a não esgotá-los.

De acordo com Robertto Freitas, sócio do Salinas e Freitas Arquitetos Associados, recursos como água, ar, minerais, flora e fauna incluem o próprio ser humano, que habita o planeta com seu modo de vida urbano em escalas territoriais cada vez maiores, estabelecendo relações interpessoais cada vez mais dinâmicas. “Em se tratando do Brasil e de suas cidades, um dos possíveis caminhos para proposição da organização do cotidiano seria dizer que está tudo errado, feito sob um mecanismo social perverso e que se deveria começar tudo de novo. Esta seria uma posição cômoda, infantil, imobilizante e nada propositiva”, comenta.

Para o arquiteto, tecnicamente falando, do ponto de vista urbanístico, não seria possível recomeçar a urbanização de uma cidade como São Paulo, por exemplo, que tem inúmeros problemas a serem resolvidos, mas que tem muitas qualidades que devem ser mantidas. Buscando-se propor solução técnica aos problemas existentes, sem demagogia, entendendo-se o cidadão como um dos mais valiosos recursos da natureza, as proposições de planejamento urbano devem buscar a melhoria da qualidade de vida do cidadão, sem perder de vista o manejo racional dos demais recursos encontrados na natureza.

“Deste modo, deixando claro que, antes de tudo, o cidadão deve ter acesso à alimentação, saúde e educação, que são as bases de sua formação física e intelectual, a habitação seria a base para a sua articulação e sobrevivência no tecido urbanizado, lembrando que em seguida teríamos transporte e emprego, completando o espectro de suas atividades produtivas. Por fim, mas não menos importante, o lazer e a cultura também fazem parte da vida do ser humano que vive nos dias de hoje na cidade de São Paulo”, afirma Robertto Freitas.

São estas as variáveis com as quais os planos urbanísticos têm que lidar, de acordo com Freitas. Ou seja, cabe ao planejador urbano organizar estas atividades, em escala metropolitana, pensando como seria a melhor maneira para se dispor, incentivar e regulamentar as diversas atividades humanas cotidianas e suas inter relações com os ciclos da natureza e as características morfológicas naturais preexistentes.

Para ele, não seria possível imaginar esta organização espacial do tecido urbanizado sem o trabalho em conjunto de arquitetos urbanistas, engenheiros, geólogos, geógrafos, cientistas sociais, economistas e demais profissionais técnicos habilitados a tratarem das questões cotidianas da cidade, em busca das soluções e proposições necessárias à manutenção da vida urbana e da melhoria desta qualidade de vida. “São muitos os aspectos a serem abordados quando se fala do planejamento, mas a fim de abordarem-se alguns dos mais vitais, pode-se dizer que a habitação e a mobilidade do cidadão dentro do espaço urbanizado são talvez os mais importantes assuntos a serem tratados tecnicamente pelos planejadores urbanos, sem politicagem, em conjunto com os representantes eleitos pelos paulistanos para legislar e governar sua cidade”, explica.

Do ponto de vista técnico, é possível dizer que seria racional e, portanto, um manejo sustentável dos recursos existentes, buscar aperfeiçoar as estruturas urbanas já consolidadas na cidade de São Paulo, a fim de potencializar o número de habitações disponíveis e de aumentar a capacidade do sistema de transporte urbano desta cidade. “É necessário lembrar que a população residente na região central da cidade de São Paulo vem estatisticamente diminuindo em número nas últimas décadas e que a região central conta com uma gama de equipamentos urbanos capaz de atender com qualidade as necessidades do dia a dia dos paulistanos. Por esse motivo, um dos possíveis caminhos, mas não o único caminho, para a melhoria da qualidade de vida do paulistano seria o aumento de oferta de habitação na região central, tendo em vista que seu deslocamento até os demais locais de emprego, educação, saúde, lazer e cultura seria radicalmente otimizado”.

Por outro lado, levando em consideração as dimensões da cidade de São Paulo, é possível dizer que outro caminho seria aumentar consideravelmente a rede de transporte de alta capacidade, fomentar a oferta de emprego e levar educação, saúde, lazer e cultura aos diversos pontos da cidade. A fim de não se imobilizarem estas providências por uma eventual busca utópica de um ideal de cidade inatingível, o planejamento urbano deve ser efetivo e constante, com implantação paulatina, com manutenção e melhoria das estruturas urbanas dia após dia, independente de vertente partidária ou do representante eleito neste ou naquele período, com medidas reais e exeqüíveis. Para se encontrar uma proposta viável e exeqüível para já, pode-se dizer que o incentivo à reocupação da região central da cidade é muito viável e pode ocorrer de diversas maneiras. Já há medidas visíveis neste sentido, vindas do governo municipal e do setor produtivo de construção civil.

Contando com o apoio dos planejadores urbanos e incentivando a continuidade destes movimentos já evidentes, prevê-se que São Paulo incorporará em sua rotina administrativa, independente de ideologia partidária, o uso racional dos recursos existentes, melhorando a qualidade de vida de seus cidadãos e tornando-se, em longo prazo, cada vez mais viável, enquanto espaço para o desenvolvimento da vida. “Não podemos descartar neste processo de melhoria da qualidade de vida urbana, a participação fundamental dos paulistanos, cobrando a prestação de contas de seus representantes eleitos, constantemente”, finaliza Freitas.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

EDP investirá R$ 1 milhão em prêmio de inovação

A EDP no Brasil, empresa do Grupo EDP Energias de Portugal, lançará a maior premiação da área de inovação no Brasil, com investimento total de R$ 1 milhão.
O Premio EDP 2020 é lançado com o propósito de estimular o desenvolvimento de projetos inovadores no setor energético brasileiro,  promovendo o empreendedorismo
O prêmio estará focado no domínio das energias renováveis, das redes inteligentes, da mobilidade elétrica, da eficiência energética, da micro-geração, das cidades sustentáveis, e de outras áreas que marcam os novos paradigmas do setor energético.
Nos próximos dez anos devem-se registrar evoluções significativas nestes domínios, por isso, o prêmio aponta para o horizonte de 2020. Serão investidos R$ 100 mil anualmente na premiação pelos próximos dez anos. Até 2020, o Prêmio EDP terá aplicado R$ 1 milhão em novos negócios.
O Grupo EDP tem uma experiência mundial no desenvolvimento de projetos inovadores, que pretende aplicar no mercado brasileiro. A partir deste prêmio, as principais idéias inovadoras de empreendedores brasileiros serão encubadas até chegar efetivamente ao lançamento de um novo negócio. O impulso para deslanchar e ganhar mercado não virá apenas da premiação, mas há ainda a possibilidade de a EDP vir a colaborar ativamente nos novos projetos.
O edital do prêmio será lançado oficialmente no primeiro trimestre de 2010. Poderão candidatar-se todos os empreendedores que apresentem projetos inovadores nas áreas de interesse definidas.

domingo, 29 de novembro de 2009

Pedágio e transporte solidário tiram carros das ruas de Estocolmo

O trânsito dos sonhos foi inventado lá na Suécia. Polui menos e é solidário. Um exemplo para o mundo.

Na cidade que se orgulha do seu passado, o presente mora no futuro. A velha Estocolmo tem um dos mais modernos e eficazes sistemas de transporte do mundo. Um metrô que raramente atrasa; ônibus movidos a álcool para evitar a emissão de gazes poluentes; bondes elétricos e ciclovias. Até o barco é usado para o deslocamento dos moradores entre as centenas de ilhas que formam a capital sueca.

Para quem tem necessidade de dirigir, mas não quer usar o carro além do necessário, os suecos desenvolveram um sistema de cooperativa: um carro, muitos donos. A novidade roda pelas ruas de Estocolmo há dois anos. Associações de bairros e condomínios compram pequenas frotas e disponibilizam aos associados.

Pelo celular, os motoristas discam para a sede da cooperativa. O sistema eletrônico emite uma resposta automática diretamente para um receptor instalado no carro. A porta destrava na hora e o motor é desbloqueado. A chave fica disponível no porta-luvas.

“Costumo pegar para ir ao mercado ou para passear nos fins de semana. A vantagem é que não preciso lavar, abastecer, checar o óleo ou trocar pneu. Quem cuida disso é a cooperativa”, elogia uma motorista.

Os carros ficam estacionados em diversos locais. Quando o usuário precisa, é só pegar o mais próximo e andar. Depois, basta devolver em um dos 50 pontos espalhados pela cidade. A cobrança vem na conta do celular: o equivalente a R$ 10 por hora.


“Antes eu tinha meu próprio carro e acabava usando exageradamente. Agora só pego um quando realmente preciso”, compara um motorista.

Apesar de todas essas medidas, ainda tinha carro demais nas ruas. Foi aí que o poder público agiu novamente. Para tentar acabar de uma vez por todas com os congestionamentos em Estocolmo, a prefeitura decidiu implantar um sistema de pedágio: o equivalente a R$ 20 por dia para rodar com qualquer veículo particular no centro da capital sueca. No início a população chiou, mas um plebiscito, feito um ano mais tarde, mostrou que houve mudança de mentalidade. O pedágio foi aprovado por mais de 90% dos eleitores.

A vantagem todo mundo vê: o número de carros em Estocolmo diminuiu em cerca de 35%. A poluição também. O representante do departamento de transportes do governo sueco reconhece: ''São soluções nem sempre baratas, mas com certeza eficientes e duradouras''. O poder público faz a sua parte. A população contribui. E todos vivem mais felizes.

domingo, 15 de novembro de 2009

Brasil promete cortar até 38,9% das emissões de CO2 até 2020

 O governo assumiu o compromisso de reduzir de 36,1% a 38,9% suas emissões de gases causadores do efeito estufa estimadas para 2020, disse a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a jornalistas em São Paulo nesta sexta-feira. Segundo a minsitra, a meta prevê um crescimento anual da economia brasileira de 4% a 6%.

Lula afirma que pretende ir à Conferência de Copenhague
Greenpeace pede a Obama que lidere a mudança climática

Segundo a ministra, essa é a faixa com que o país vai trabalhar com base em "ações voluntárias". Dilma disse ainda que foi levado em conta um crescimento do PIB de 4 por cento a 6 por cento ao ano até 2020.
 "Nosso objetivo com isso é assumir uma posição política nesse caso, mostrando que o Brasil tem compromissos com o desenvolvimento sustentável", afirmou Dilma.

 O Brasil pretende desempenhar papel-chave na cúpula mundial sobre o clima, marcada para o mês que vem em Copenhague, capital da Dinamarca e, com essa oferta de redução, pretende convencer os países ricos a anunciarem metas próprias. 

Anteriormente, o governo já havia anunciado o compromisso de reduzir em 80% o desmatamento da Amazônia até 2020, o que representa um corte de 20% nas emissões dos gases-estufa. Segundo o Ministério do Meio Ambiente significa corte de cerca de 580 milhões de toneladas de CO2.                  

              
As negociações na capital dinamarquesa têm o objetivo de chegar a um acordo que suceda o Protocolo de Kyoto, de 1997, para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa, apontados como responsáveis pelo aquecimento global. 

 Entre os principais entraves para um acordo estão divergências sobre como dividir os esforços de redução de emissões entre países desenvolvidos e em desenvolvimento e de onde sairão bilhões de dólares em recursos apara ajudar os países pobres a fazerem frente às mudanças no clima
Fonte: Estado

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Brasil estuda estabilizar emissões de gases de efeito estufa até 2020

Por Luana Lourenço , da Agência Brasil

Brasília - O Brasil pode chegar a 2020 com os mesmos índices de emissão de gases de efeito estufa medidos em 2005, de 2,2 bilhões de toneladas anuais, sem comprometer a meta de crescimento econômico de 4% ao ano. A conta é do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que apresentou nesta terça-feira (13) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a proposta da pasta para a posição a ser defendida pelo Brasil na reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas, em dezembro, em Copenhague.

“Se nada for feito, vamos chegar a 2020 com 2,8 bilhões de toneladas, um crescimento de 30%”, comparou Minc, que aposta da redução do desmatamento, no combate à desertificação, no uso de etanol e de biocombustíveis e no estimulo ao uso de carvão vegetal para reduzir a curva de crescimento de emissões do país e estabilizar as emissões até 2020.

O esforço, no entanto, depende de recursos internacionais. A convenção da ONU sobre mudanças climáticas prevê que países ricos financiem ações de redução nas nações em desenvolvimento, mas o mecanismo para o repasse e os valores ainda não estão definidos. Pelos cálculos de Minc, seriam necessários cerca de de US$ 10 bilhões por ano para financiar as ações brasileiras.

“As faixas [de redução] vão depender de fundos internacionais. É preciso ampliar os fundos que os ricos estão se dispondo a oferecer. Atualmente falam em US$100 bilhões [para investimentos em todo os países em desenvolvimento], mas o Brasil defende pelo menos três ou quatro vezes mais”, afirmou.

Além da proposta do Ministério do Meio Ambiente, os ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e o secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luiz Pinguelli Rosa, também apresentaram propostas para a posição do Brasil em Copenhague. “Não foram posições divergentes. Agora vamos sintetizar em uma proposta só”, disse Minc.

A ideia é fechar a posição brasileira ainda este mês, provavelmente no dia 20, quando o presidente Lula deve se reunir novamente com os ministros responsáveis pela negociação e com o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. Segundo Minc, Lula ainda pretende reunir presidentes de países da região Amazônica para acertar uma posição conjunta sobre a inclusão das florestas no novo acordo climático global.



Edição: João Carlos Rodrigues

(Envolverde/Agência Brasil)

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